sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

PARABÉNS!


ÀS CURVAS DO

100!!

PARABÉNS OSCAR NIEMEYER!!!

DIGA AE!


"Ninguém vai ser convencido nessa idade! Nem nessa hora da noite!"


(Cristóvão Buarque ao falar da - extinta mesmo? Será? - CPMF)

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

LER? PARA QUE??

Já se perguntou sobre o porquê de você ler?
Ler para adquirir informações? Ler para passar no vestibular? Ler para comunicar-se com o outro? Ler para entender placas e ver em que direção seguir na estrada?
Cada um possui razões próprias para sua leitura – eu sei. Mas veja só este argumento citado em pleno século XXI: as pessoas lêem pois a escrita é o elo entre estágios de desenvolvimento humano distintos. Parece estranho, mas é a mais coerente, prática e verdadeira explicação que eu já, por sinal, li.
Pense o que seria das Leis Genéticas Mendelianas se Gregor Mendel não tivesse colocado no papel os seus dias de estudo! Provavelmente estaríamos na Idade da Pedra em termos de ciência se isso tivesse acontecido. Talvez, no final do século XIX, o estado cognitivo-psíquico-social da humanidade não comportava as análises de Mendel; em contrapartida, décadas após a morte do monge, esses estudos vieram à tona e puderam, pela leitura, estarem disponíveis aos homens com mais acúmulo de informações, mais aptos e mais abertos às Leis de Mendel.
É interessante saber que, possivelmente, há muitas e muitas linhas “guardadas” em livros esperando para serem entendidas em algum período da história humana. Homens e mulheres, que não foram compreendidos em seus tempos, podem ser lidos em estágios evoluídos do pensamento humano e, desse modo, desvendados e analisados.
Portanto, cuidado se não entender esse artigo! Kkk...
Brincadeira a parte; e, para quem gosta de ler, qual será a descoberta de hoje?


Obs.: Quem me inspirou a escrever a respeito dessa questão sobre o porquê da leitura, foi o professor Paulo Alfredo que, em uma de suas aulas, refletiu: os homens às vezes não são entendidos em seu tempo; às vezes é preciso que alguém leia, anos depois, as obras antes escritas e compreenda os seus conteúdos.

Esse assunto ainda será mais bem estudado.

Quanto vale o trabalho?

O trabalho como criação humana estruturado sistematicamente entre o homem e o Estado a que ele pertence, é recente e, portanto, plástico no contexto em que está inserido. Assim, a constante modelação dos diversos paradigmas que regem a ação de trabalhar e suas conseqüências, perpassa por questões éticas e econômicas que devem ser analisadas em cada estudo sobre o trabalho humano após o Renascimento Moderno do comércio e do antropocentrismo (séculos XIV – XV).
Desse modo, cabe lembrar que a concretização do capitalismo comercial na Europa (refletida no “Novo Mundo”) e a formação dos Estados Modernos, culminaram na proliferação de ideologias da classe burguesa que deteve o poder nesse contexto histórico. Com isso, definiram-se as concepções hoje massificadas de dignificação do homem por seu trabalho, em prol do crescimento do Estado, e a valorização da riqueza material em detrimento às virtudes morais. Sabendo-se disso, pode-se analisar as conseqüências contemporâneas da manutenção da ótica do trabalho burguesa que predominou desde a modernidade até os dias atuais.
Em primeiro lugar, a força dignificante relacionada ao trabalho promoveu e promove uma série de estigmatizações sociais devido à hierarquização das diversas ocupações do homem, que culmina em graus distintos de aceitação social do indivíduo (um catador de lixo que trabalhe dez horas por dia e um juiz que trabalhe as mesmas dez horas são igualmente dignos perante a sociedade?). Além disso, a busca pela riqueza gerada pelo labor fez com que a arte – antes tida como marca de inspirações superiores de certos homens – ficasse atrelada ao mercado de tal forma que o trabalho artístico tornou-se submisso ao mecenarismo e sujeito às ordens do capital.
A partir do exposto acima, conclui-se que, embora a humanidade tenha construído as noções de trabalho na sociedade e essas concepções estejam aptas a mutações; há, hodiernamente, reflexos concretos dos efeitos das formas de labor geridas pela burguesia moderna que atuam na segmentação social e na banalização da criatividade do homem. Assim, a busca do poder material ao invés da busca pela virtude moral, é cada vez mais fixada na sociedade por meio do trabalho, juntamente com as ideologias que o embasam.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

MENSAGEM SUBLIMINAR

Socialmente a humanidade caminha concatenando culturas, sintetizando concepções e absorvendo conceitos diversos desenvolvidos no decorrer da história do homem. Desse modo, a partir dessas relações entre os indivíduos com os vários paradigmas sociais- gerados em certos momentos históricos devido a situações específicas- cria-se, por conseguinte, a idéia dos múltiplos preconceitos existentes no bojo da sociedade. Dentre esses pré-conceitos (étnico, sexual, econômico e etc.), podem-se salientar duas formas de cristalizações de estereótipos, a saber: os preconceitos moral e intelectual.
Em primeiro lugar, cabe localizar-se aqui a teoria da "Consciência Coletiva" do sociólogo Émile Durkheim, a fim de visualizar a existência da quase totalidade dos tipos de preconceitos hoje assistidos pela humanidade. Assim, mais do que analisar a origem das estigmatizações, é salutar que se busque a aniquilação das concepções preconceituosas incrustadas no imaginário popular; as quais, por sua vez, regem a atitude dos cidadãos. Logo, a segmentação social que se dá no âmbito da moral dos indivíduos e de seu grau intelectual, também permeia idéias veiculadas em massa e de caráter hereditário não necessariamente racional.
Com isso, situações como a popularização de apelidos àqueles que cumprem regras e que buscam o saber de forma disciplinada - os chamados "CDFs", "nerds", entre outros - expõem o pensamento social do brasileiro, por exemplo, de forma patente. De acordo com essas atitudes, pode-se inferir que, por mais que as oficiais leis morais preguem uma postura metódica em que a sabedoria é uma dádiva, a "Consciência Coletiva" prova o contrário; mostrando que a opção em discriminar aquele que revela os meus pontos fracos e aquilo que eu deveria fazer, mas não faço, sobrepõe à Lei. A partir disso, deixa-se claro a ação falaciosa e hipócrita das ações dos cidadãos diante de suas concretizações preconceituosas; sendo que esse tipo de posição corrobora para que os diversos preconceitos sejam camuflados aos olhos da nação, impedindo exaurir essas relações de estereótipos do âmago social devido a naturalização prática de conceitos prévios.
Conclui-se que as idéias são reflexos de concepções universalizadas em certas sociedades, em que seja por comodidade, por medo do diferente, por incapacidade dos demais, e etc., essas idéias fluem de geração em geração até que a verdadeira face das discriminações seja exposta de forma clara aos indivíduos; possibilitando a conciliação das partes em litígio. Portanto, ou trabalha-se para modificar a "Consciência Coletiva" construindo uma sociedade transparente, ou os preconceitos ainda serão temas para textos por longos períodos.

domingo, 4 de novembro de 2007

“Espelho, espelho meu!”

As pupilas absolutamente dilatadas. Seria lascívia? Medo? Instinto? Um homem assistindo ao seu próprio delito. O flagrante pessoal. O reflexo do espelho, encaixado sabiamente no teto do viaduto abarrotado de veículos, gente e vozes; não escondia a ação às escondidas. O homem, que não entendia vida afora a sua, encontrava-se epifanicamente estático diante do espelho e de sua corrupção. Com as mãos fortes e determinadas, ele calava angustiadamente sua vítima; que passaria a vida no silêncio medonho daquele crime. O espelho expunha sua corrupção moral. Seus olhos delineavam sua corrupção coletiva. Corromper e ver. A vergonha o consumia com raios de luz a atravessarem seu coração.
Esse espelho existe particularmente em um canto de Curitiba. Mas deveria ser o instrumento básico e essencial de todo o ser humano.
Obviamente, andar por aí instalando aparelhos refletores a fim de esclarecer às obscuras mentes, que corrompem, sobre os seus “desvios” sociais, não seria viável, materialmente falando. Por outro lado, refiro-me a espelhos da era tecnológica mais avançada: virtuais e que podem funcionar em dias de chuva sem que precisemos cobri-los devido aos raios assustadores das precipitações de verão. Espelhos internamente instalados no consciente humano e bem polidos, que devem ser lavrados a partir de ensinamentos sociais correspondentes às posturas morais corretas da sociedade.
Somando-se à moderna existência de um espelho acusador das más atitudes particulares – pois, anomalias sociais, como a corrupção, por exemplo, são fruto de uma série de atitudes particulares que resultam em danos coletivos dos mais variados – devemos lembrar que a construção dessa metáfora permeia a sociedade ideal platônica, em que, mais que platonismo, mostra uma forma eficaz de erguer espelhos nos cidadãos: a educação.
Com isso, estende-se à escola, aos pais, aos tios, aos avós, aos amigos, à Igreja, entre outros, a responsabilidade em solidificar um espelho no “teto” de cada cidadão que compõe a sociedade; com o objetivo de que desculpas tão corruptas quanto os próprios atos ilícitos (lascívia, medo, instinto...) se transforme em vergonha para o corrompedor e livre as vítimas da mudez sórdida – um dos traumas da corrupção. Cabe aqui dizer que, ao contrário do que os noticiários expõem, não é a Câmara dos Deputados que deve ensinar a construir refletores, e sim, os eleitores, educados, que devem votar em quem já construiu seus espelhos. Aliás, alguém já reparou que não há espelhos no Plenário?
Para concluir, é preciso remeter novamente ao viaduto, a fim de que não nos esqueçamos de olhar nossos olhos quando desculpas parecerem verdadeiras o bastante para respaldarem a nossa falta de moralidade e a não construção de nossos reflexos – os nossos espelhos. Agora, se achar que tudo isso é utopia, pense nos locais onde se encontram, em tese, as escabrosas denúncias de desvio público de dinheiro, agrupamentos partidários nepóticos e predatórios, andanças de malas, mochilas, laranjas e outras frutas; no Senado, por exemplo: alguém viu um espelho? – nem real, nem virtual! Há espelhos na sala do delegado? Existem espelhos nas salas de prova da quinta série? Acaso ou falta de educação?

sábado, 3 de novembro de 2007

E se...

E se aprendêssemos a viver antes da despedida?
E se pudéssemos fazer tudo aquilo que escreveríamos na despedida durante a vida?

E se andássemos de bicicleta nesta noite de lua linda, de lua cheia, de lua luz?
E se tomássemos um refrigerante no portão do shopping já fechado, dormindo?
E se lêssemos um bom livro, deitados, juntos no sofá? Sua voz... Minha voz...
E se você pintasse meus lábios, colorisse meus olhos, tornasse rubra minha bochecha, agora? E se bebêssemos água nesta noite suave?
E se deixássemos o amanhã para o amanhã? Hein?

E se aprendêssemos a viver antes da despedida?
E se pudéssemos fazer tudo aquilo que escreveríamos na despedida durante a vida?